Profissão Perigo

O ódio contra a imprensa no Brasil é um ódio antigo, proveniente de espíritos sempre anacrônicos em conflitos com o avanço da democracia. Violência contra a liberdade de opinião, de critica e de expressão.
Agir como um jornalista atualmente tem sido uma das coisas mais arriscadas do mundo. Ser preso, agredido, torturado, assassinado, por um simples motivo: a injustiça social.
É o caso do jornalista Tim Lopes, que foi assassinado por traficantes quando fazia uma reportagem na favela Vila Cruzeiro, no Rio, em 2002. A gana de chegar aos fatos, descobrir os detalhes faz com que os jornalistas se arrisquem.
Muitas vezes, jornalistas – que não deixam de ser cidadãos comuns –, querem satisfazer o interesse público, mas são submetidos à regras da empresa, que os impedem de cumprir seu papel. Neste ofício é preciso agir de acordo com seus princípios éticos, sabendo que, independente das suas escolhas, “toda ação causa uma reação”. Você tem que estar preparado para enfrentar as consequências que vão surgir. Afinal, que reportagem merece tanta exposição ao perigo?
Na profissão de jornalista é comum nos depararmos com situações em que temos de fazer nossas escolhas, as quais podem nos levar a caminhos que influenciam em nossos valores, morais e éticos. A mídia tem um papel muito importante em transmitir a verdade, porém, muitas vezes sua sobrevivência está nas mãos de pessoas muito influentes na sociedade. Nesse momento, a inteligência é a ferramenta mais eficaz para tomarmos as decisões.
Reportagens investigativas têm permitido a revelação de esquemas de corrupção, fraudes e desvios de dinheiro público. E, graças a repórteres e editores ousados, essas reportagens têm permitido a publicação de informações que a sociedade ignorava. Dessa forma, os jornalistas investigativos perseguem histórias que muitos querem esconder.
Coragem é um atributo exigido nas redações, no entanto, o medo pode ser uma medida importante para a proteção. Mas quem determina seus limites é o próprio profissional.